"Eu não mereço ser estuprada!"
Historicamente nós, mulheres, somos inferiorizadas. O debate não é atual e a luta não é provinda dos dias de hoje.
São as operárias no começo do século passado, são escritoras, são jornalistas, são historiadoras, são modelos, são artistas, são profissionais, são mulheres que sentem na pele a repressão por serem o que são, que lutam no cotidiano por um lugar de respeito no mundo cheirando a testosterona.
"Não pode andar sozinha à noite", "Estas de saía, conforte-se", "Não queria olhar, mas esse decote pede né?", "Se dá o respeito", "Nossa, bebe igual homem", "Agindo assim ninguém vai te querer", "Mas vocês não tem a força que eu tenho", "Vocês são delicadas", "Como assim? Ainda não tem um namorado? Precisa arranjar um logo para se estruturar e dar um rumo na vida". Almoço terminado, o pai e o filho vão para a sala deitar no sofá enquanto a mãe e a filha ficam na cozinha limpando a louça, após terem feito o almoço.
Entre tantas outras, essas frases e ações tão comuns no dia a dia das mulheres, independentemente da idade.
Imaginou você, ser julgado pelas roupas que usa?? Ser atacado no meio da rua, ter as calças arrancadas e o corpo violado por estar com uma calça acima do joelho??? Então por que no inverno as estatísticas não mudam??? Por que a taxa de violência contra a mulher não é menor do lado oriental onde as mulheres ainda são submetidas a burca pela sua religião?? Imaginou ser julgado um homem fácil e sem valor moral por transar com as mulheres que quer sem compromisso??
Eu tenho o direito de usar a roupa que eu quiser, sair com quem eu quiser, as vezes que eu quiser, sentar como eu me sentir confortável, beber o que e o quanto desejar, ter o corpo que eu gostar. O corpo e mente são meus, não do mundo. Eu tenho o direito sobre eles, e como vocês, machistas, não devo ser julgada por as minhas escolhas.
Os dados que estão saindo atualmente só retratam o sistema machista que carregamos por tanto tempo. Mudanças acontecem o tempo todo ao percorrer da história do mundo e essa deve ser uma. Mudar os números. Extinguir o sexismo.
Digo como mulher e pelas mulheres. Queremos direitos, queremos respeito, queremos ser livres! Não queremos mais essa rotulação pré-histórica do que cada um deve ser e fazer a partir do gênero.
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