Cerca de 2 mil negros escravizados são apontados no Vale do Taquari no século XIX
A historiadora Karen Pires, do programa de pós-graduação na Universidade do Vale do Taquari (Univates), apresentou sua dissertação de mestrado em 2016 onde constatou que houveram cerca de dois mil escravos e 800 donos de negros escravizados no Vale do Taquari do século 19.
Agora para o Doutorado, Karen procura se aprofundar no assunto com o tema: “Nascimento, casamento e morte: relações sociais e familiares de escravizados, livres e libertos da Paróquia São José de Taquary – séculos XVIII e XIX”.
Sobre a pesquisa, Karen conta em entrevista para o jornal Independente: “estamos analisando o apadrinhamento das crianças e como a igreja fazia esse registro. Muitos podem até perguntar se esses escravizados passavam pelo mesmo ritual dos brancos, livres, sim. Havia cadernos que registravam o nome dessas pessoas, dia do nascimento, do batismo, e, a partir dessas informações, podemos explorar um cotidiano escravista. E esta é a grande questão. É trazer esses sujeitos para o cenário”. Na mesma reportagem ela ainda coloca que a mão de obra escrava chegou por meio dos açorianos que foram fixados no povoado de São José de Taquary, como antigamente era denominado a região que cobre o Vale do Taquari.
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